José Buscapé

Porque resmungar é divertido!

Wednesday, July 26, 2006

Contra as patéticas Universidades

Eu fico de cara no chão o quanto as universidades desse nosso Brasil querido são completamente ineficientes em formar profissionais da área de informática, especialmente programadores. Cursos que ninguém sabe sobre o que são, currículo "abrangente" que não abrange nada que interesssa. Vai mal.

Temos curso de "Engenharia da Computação", o desgastado "Análise de Sistemas" e o antigo mas ainda com prestígio "Ciências da Computação", sem falar em uma infinidade de variantes novas como "Tecnologia da Informação" e sei lá mais qual nome andam inventando. Agora, se você perguntar a qualquer pré ou pós universitário qual a diferença entre um em outro você vai receber um tímido "não sei muito bem" bastante insípido de se engolir.

Bonito né? Quer melhor, pergunte a alguns _professores_ do curso qual a diferença entre os cursos e me diga quantos souberam responder certo e sem embromation. O único cara que deve saber com certeza é o coordenador do seu curso.

Agora vou pegar mais embaixo. Qual desses cursos ensina programação? Uh... todos...
Jóia, então já dá pra entender porque as empresas todas colocam nos anúncios de emprego "curso superior em informática", sem especificar qual. Pra quê? Todos sabem informática e é tudo uma coisa só.

E qual desses cursos forma "programadores" (é.. programador; não cientista, nem analista: eu disse "p r o g r a m a d o r")? Nenhum??? É... como eu desconfiava, pra programação não precisa estudo, é coisa de peão mesmo. Programador é igual pedreiro. (O que me lembra uma frase de um cara num concurso pra lixeiro: "Não sei se é bendito ou maldito o país que exige pelo menos segundo grau para lixeiro mas não para Presidente da República").

Ah... Cientista da Computação, Analista de Sistema e afins todos sabem programar, é o mínimo, não é? Correto... aprenderam técnicas de debug? Conseguem fazer um teste automatizado? Sabem pelo menos o que são idiomas, certo? Ahhh... não... mas sabem fazer um programinha. Esses tópicos são avançados, talvez mestrado. Ou talvez dia a dia no mercado de trabalho.

Ops, esqueci. Universidade ensina teoria, e essas técnicas e conceitos não tem respaldo científico. Hmmm... será que RUP, XP ou qq dessas técnicas têm?

Bom, então já sei, é que o mercado não precisa de programadores. Só de pessoas que saibam analisar a ordem de um algoritmo ou descobrir os casos de uso de um sistema. Ambos muito úteis, infelizmente só atacam um pedaço muito pequeno do que se faz numa empresa.

Não adianta, programador é peão mesmo. Já entendi, segundo grau completo e boa. Se tiver um certificado melhor

(Vixi... Isso ficou com cara de desabafo. Mas deixando a brincadeira do rabugento de lado, não é de hoje que as Universidades da área de TI formam pessoas completamente despreparadas para o mercado de trabalho. Depois reclamam que o mercado é "pouco seletivo" na hora de contratar pessoas na área, quer dizer, frequentemente não exigem ou aceitam qualquer curso superior)

Wednesday, July 19, 2006

Software enterprise vs open source

Um colega no mestrado soltou uma que me fez pensar na última terça:

"Mas o pessoal usa teste de unidade?"

Bom... quem eu vejo usando teste de unidade? Quase todo projeto open source que se preze. Hoje ficou raro você ver bons projetos open source sem teste de unidade. Pelo menos para Java e Ruby. Só olhar no sourceforge e no rubyforge.

E no ambiente corporativo (leia-se "enterprise software"), é muito raro, praticamente inexistente. A prática tem que ser "provada" para entrar em um ambiente enterprise :p

Conclusão: Você paga caríssimo por um "software enterprise" e ele não tem o mínimo de qualidade que um open source (frequentemente gratuito) pode ter... :|

Ah tem? Me mostrem seus testes então. :) Ahhhh... sei... QA, teste manual, claro, claro, muito confiável, completamente independente de falha humana, executado do começo ao fim sempre que existem alterações. É... como não pensei nisso, bobo eu.